Deixamos St. Malo logo após o café na lanchonete na rua um pouco abaixo e, com o tênis ainda molhado, esperando que secasse no caminho. Mås o que! O assento do carro também estava bem úmido e logo meu traseiro também estava molhado. Que maré danada meu! Mås, conforme nos aproximávamos do Mont St. Michel, avistando-o ao longe, mais admirados ficávamos. A silhueta imponente de Mont-Srt.-Michel sem duvida é uma das mais encantadoras visas da França. Atualmente unida ao continente por uma passarela, a ilha de Mont-Tombe (Túmulo na Colina) fica na foz do Rio Couesnon, coroada por uma abadia fortificada, que tem quase o dobro de sua altura. Estrategicamente localizada na fronteira entre a Normandia e a Bretanha, Mont-St-Michel passou de humilde oratório no século VIII a Mosteiro Beneditino. No século XV, ao lado da muralha uma pequena capela foi construída em homenagem a Aubert, fundador de Mont-St.Michel. Em razão dos ataques dos ingleses durante a guerra dos cem anos, foram construídas muralhas e torres ao redor do Mont-St-Michel. Logo ao lado da entrada principal duas torres se destacam, a Torre do Rei, muito bem fortificada e aTorre da Abadia, que tem acomodações para os soldados do Abade. Protegidas por muros altos, a Abadia e sua Igreja ocupam uma posição inexpugnável na ilha. As marés na baia do Mont-St-Michel são fortíssimas, atingindo 10km/h e de acordo com o calendário lunar, funcionando também como defesa natural. A Abadia serviu tanto como mosteiro beneditino quanto como prisão política, durante 73 anos após a revolução. Os três níveis da Abadia refletem a hierarquia monástica. Os monges viviam no nível mais alto, num mundo fechado, formado pelo claustro, pela Igreja e pelo refeitório. O Abade recebia os nobres em visita, no nível intermediårio. Soldados e peregrinos eram atendidos no nível inferior, onde se situam os jardins da Abadia, os aposentos do Abade, a Sala de Guarda, o Armazém e a Esmolaria. Os aposentos do Abade, que recebia visitantes ilustres na sala de hospedes, ficam perto da entrada da Abadia. Os pobres eram atendidos na Esmolaria. Subindo ao nível intermediário entramos na Chapelle St.Etienne, na Cripta de St. Martin, nos aposentos do Abade, n grande Sala de Hospedes, na igualmente grande Sala dos Cavaleiros, esplendida, com seus arcos e capiteis bem decorados e tipicamente góticos, na Cripta das 30 velas e na Igreja Notre Dame Sous Terre. Nesse ponto uma escadaria nos leva ao nível superior ou Nível da Igreja, cuja entrada é diretamente na Igreja da Abadia, em seguida o Claustro, com suas elegantes colunas em fileiras alternadas, com um belo e bem tratado jardim nas alturas. Após o Refeitório, um recinto longo e estreito, banhado pela luz que entra pelas janelas, no alto. Um grande forno a lenha na parede dava o calor no inverno. Em seguida, subimos uma grande escadaria interior, passando pelo Salto de Gautier que se localiza no alto da Escadaria Interna, um pequeno terraço que recebeu o nome de um prisioneiro que saltou dali para a morte e, finalmente chegamos ao Terraço Oeste, onde temos a impressão de estarmos no topo do mundo, tal a altura do Monte, com uma vista deslumbrante. A descida foi mais rápida, mås nåo menos interessante, parando um pouco para apreciar a La Merveille ( O Milagre), um pequeno complexo em três níveis, com fundações do século X. Outro detalhe interessante é sobre as marés. Do Mont-St.-Michel nåo se enxerga o mar. Andei quase 1 km. pela areia e nåo cheguei na praia. Dois ou três barcos, estavam encalhados na areia ao lado do Monte. Isso quando chegamos para visita ao Monte. Quando descemos o mar jå cercava totalmente o Mont-St.-Michel. Na descida ainda atravessamos a Grande Rue, hoje repleto de restaurantes, o caminho dos peregrinos, percorrido desde o século XII, passa pela Igreja de St. Pierre e vai até os enormes portões levadiços da Abadia. Um passeio simplesmente maravilhoso, imperdivel. Fotos na postagem seguinte..................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário